Projeto da RFCC-PI proporciona a reconstrução da aréola das mamas de pacientes oncológicas.

Através da micropigmentação da aréola do seio, o ‘Projeto Cuindando da sua Autoestima’ objetiva devolver a autoestima de mulheres mastectomizadas

Editorial RFCC-PI

Com o procedimento da mastectomia, as pacientes oncológicas passam pelo processo de retirada da mama comprometida pelo câncer, e no lugar, muitas vezes, realizam o implante de prótese de silicone. Por mais que essa técnica colabore para a saúde das mulheres mastectomizadas e devolva a elas a autoestima, nem sempre o seio fica com a aparência natural que tinha, principalmente na região do mamilo e da aréola.

Pensando nisso, a Rede Feminina de Combate ao Câncer do Piauí (RFCC-PI) em parceria com a micropigmentadora Naiara Dias desenvolveu o ‘Projeto Cuidando da sua Autoestima’, que visa reconstruir a aréola dos seios dessas pacientes oncológicas que foram submetidas a mastectomia, e que ficaram fragilizadas emocionalmente durante seu tratamento contra o câncer.

A técnica de micropigmentação da aréola consiste em fazer um desenho realista dessa região do seio, na qual são realizados um jogo de luz e sombras para criar a ilusão da existência dos mamilos. Como explica a especialista Naiara Dias, que é a responsável pela realização desse procedimento.

“Os resultados ficam muito parecidos com o normal, as pacientes visivelmente acreditam que realmente se trata de uma aréola real, por ela ser feita em 3D, levando em consideração os detalhes da aréola da outra mama. Nos casos da mastectomia bilateral, nós conseguimos fazer uma aréola proporcional ao tamanho da mama que ficou, e nos casos da mastectomia unilateral, nós conseguimos fazer um desenho bem próximo a outra mama, levando em consideração o tamanho da aréola e detalhes bem característicos do seio”, pontuou a micropigmentadora.

Além disso, Naiara destaca a importância do procedimento de micropigmentação da aréola para a autoestima das pacientes. “A micropigmentação da aréola devolve a autoestima das pacientes, com isso elas vão conseguir se olhar no espelho e se reconhecer de volta. Tanto que, a cada trabalho como esse, no final do atendimento quando elas vão se olhar no espelho é uma emoção para mim e para elas também. É muito lindo esse momento, logo porque representa uma etapa vencida, uma etapa que com muita determinação e força elas venceram, e é como se fosse um divisor de águas na vida delas”, ressaltou a especialista.

Por fim, a micropigmentadora aponta os materiais utilizados nessa técnica, a durabilidade do procedimento, e reforça que não causa nenhum tipo de dor para as pacientes.

“A micropigmentação é realizada com pigmentos próprios para aréola, eles são bem parecidos com os que são utilizados na sobrancelha, só que com algumas substâncias mais específicas para essa região. Esses pigmentos são antialérgicos, então não tem a possibilidade de desenvolver alguma alergia ou causar algum incomodo nas pacientes. Além disso, é importante destacar também que esse procedimento não é definitivo, tendo durabilidade de até dois anos e meio, e depois precisará de retoques. Ele também é indolor, porque após a mastectomia as mulheres, geralmente, perdem a sensibilidade na região do seio, então muitas vezes nem precisa utilizar anestésico tópico”, finalizou Naiara Dias.

Para saber como se beneficiar do projeto, as pacientes que realizaram mastectomia e reconstrução da mama devem contatar a equipe de assistência social da RFCC-PI através do número (86) 3226–2323.

Fonte: Editorial RFCC-PI

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