Nossa História

A Rede Nacional (RFNCC)

A Rede Feminina Nacional de Combate ao Câncer é uma Associação, também denominada pela sigla RFNCC que abrange, atualmente 18 estados e o Distrito Federal, com Sedes instaladas em mais de 400 municípios.

A Fundadora

Carmem Annes Dias Prudente

Carmem Annes Dias Prudente

Uma das maiores guerreiras que o Brasil já teve, na luta contra o câncer​!

Fundada em 6 de maio de 1978, na cidade de São Paulo – SP pela Sra. Carmen Annes Dias Prudente, gaúcha que veio para São Paulo em 1938, casar-se com o jovem médico Antonio Prudente e com ele trabalhou na Associação Paulista de Combate ao Câncer, onde começa sua brilhante carreira no voluntariado.

Em 1946, junto com algumas amigas criou a Rede Feminina de Combate ao Câncer. A cada dia, a Rede agregava mais voluntários e recebia doações, arrecadando fundos e donativos; roupas de cama e banho; alimentos e dinheiro, o que possibilitou que a Sra. Carmen junto de seu marido, fundasse o Hospital do Câncer em 1953. Com a morte de Antonio Prudente em 1965, Carmen assumiu a direção do Hospital. Ao contrário do que se imaginava de alguém em sua posição, dedicou-se pessoalmente aos pacientes, os quais visitava diariamente.

Em 1980, na Itália, recebeu o Prêmio Saint-Vincent, como “Mulher do Ano” por unanimidade. Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 3 de junho de 2001, aos 89 anos.


Uma história de amor, sonhos, lutas e conquistas que transformam vidas

 Durante uma visita de médicos brasileiros a Alemanha, Dr. Antônio Prudente Meirelles conheceu uma jovem gaúcha, risonha, culta para os padrões da época, a jornalista Carmen Revorêdo Annes Dias. Ela era filha do chefe da comitiva brasileira, HeitorAnnes Dias, médico pessoal do presidente Getúlio Vargas e ele, neto de Prudente de Moraes, primeiro civil a ocupara presidência do Brasil.

   Compenetrado, sério, silencioso e sisudo, aquele jovem decidiu travar uma batalha pessoal contra uma doença, que as pessoas evitavam até chamar pelo nome, o câncer.

   Ao se conhecerem, em 2938, tomados por uma forte simpatia e comunhão de ideias, Dr. Antônio ofereceu a Carmem um livro de sua autoria com a dedicatória de amor “Que Deus nos una para sempre e que o nosso pensamento seja só um: a luta contra o câncer, essa doença terrível.” Ela abriu aquele sorriso de sempre, que um dia ficaria conhecido por todo o Brasil como marca registrada da luta contra o câncer.

   Depois de casados e residindo em São Paulo, começaram uma luta ferrenha para o combate e tratamento da doença e em 1946 Dona Carmen, junto com algumas amigas, criou a Rede Feminina de Combate ao Câncer, considerada a primeira entidade voluntária contra a neoplasia maligna. Porém, para que esse trabalho fosse possível, seriam imprescindíveis voluntárias que tivessem objetivos cristãos e que, sob os critérios de uma orientação, prestassem aos portadores de câncer um serviço desprovido de interesses pessoais. A candidata aovoluntariado deveria fazer um treinamento preparatório que incluía informações sobre a doença e seus meios de prevenção. Era necessário fazer um estágio com os pacientes, incluindo o apoio a seus familiares. Aos poucos a Rede conquistou inúmeras voluntárias, recebendo cada vez mais donativos.

   Carmem Prudente não parou mais: eram promovidos chás beneficentes, festas, bailes e até uma gincana que envolveu todos os estudantes de medicina de São Paulo.

   Com seu espírito empreendedor Dona Carmen e suas amigas voluntárias sentiram a necessidade de difundir a assistência aos portadores de câncer por todo o Brasil. Para tal fundou a Rede Feminina Nacional de Combate ao Câncer – RFNCC em 06/05/1978. Seria uma organização composta por uma divisão de 40 chefes e núcleos da Rede espalhados por todo o país. Esses núcleos fariam campanhas para angariar fundos e com o propósito educativo de transmitir conhecimentos sobre o câncer no Brasil, e encaminharcasosda doença para tratamento.

   Acometida por sérios problemas de saúde Dona Carmen deixou a liderança desta nobre causa pela qual tanto batalhou para coordenar e congregar as atividades das Redes Estaduais, incentivar programas de combate ao câncer como também a participação do voluntariado nas ações de prevenção, recuperação e bem-estar do portador de câncer. Dona Carmen, essa mulher que viveu em função da luta contra o câncer, faleceu no Rio de Janeiro no dia 03/06/2001, aos 89 anos. Por esses motivos mencionados aqui e muitos outros mais, é que consideramos Dona Carmen Ravorêdo Annes Dias uma mulher extraordinária e inesquecível.